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Banzeiro: o avanço do garimpo em terras indígenas

No final de março, garimpeiros ilegais destruíram a sede da Associação Wakoborun de Mulheres Munduruku, no Pará. À medida que avança pela região, garimpo deixa rastro de destruição

Movimento Xingu Vivo

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No final de março deste ano, um grupo de garimpeiros invadiu e destruiu a sede da Associação Wakoborun de Mulheres Munduruku, em Jacareacanga, no Pará. O ataque faz parte do rastro de destruição que o garimpo ilegal deixa à medida que avança pelas terras indígenas da Amazônia. A atividade é prejudicial para o meio-ambiente e para os povos da região, que se opõem à exploração mineral ilegal e que, em função disso, são ameaçados por jagunços armados. “O garimpo traz prostituição, traz a divisão ente os parentes, traz a contaminação por mercúrio e aumento de casos de malária” conta a líder indígena Maria Leusa Munduruku, a partir do minuto 7:33 dessa edição do Banzeiro.

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O avanço criminoso do garimpo em território indígena é o assunto dessa edição do Banzeiro, o podcast do Movimento Xingu Vivo para Sempre. O programa comenta, semanalmente, notícias e histórias relevantes para a população do Médio Xingu. Você pode escutar os episódios anteriores no site do Xingu Vivo ou pelo canal do movimento no Youtube.

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A abertura das terras indígenas à mineração é uma pauta cara ao governo federal. A medida foi promessa de campanha de Bolsonaro durante a corrida eleitoral de 2018. Desde então, dispararam os casos de garimpo ilegal em territórios indígenas. Paulo de Tarso, procurador do Ministério Público Federal em Itaituba, diz haver  sinais de que a atividade é patrocinada por grande grupos econômicos, e não por pequenos garimpeiros que trabalham isolados. “O garimpo é feito com o emprego de máquinas pesadas, retroescavadeiras, pás carregadeiras. Isso demonstra sofisticação, e demonstra que grupos econômicos tem financiado a invasão desses territórios”, diz ele, a partir do minuto 5:45. Segundo ele, “toda essa situação poderia ser evitada se o governo federal tivesse uma atuação mais contundente”.

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