Tráfico de pessoas e trabalho escravo

Durante pandemia de covid-19, sem emprego e alimento, trabalhadores ficaram mais vulneráveis ao aliciamento

Banzeiro: trabalho análogo ao escravo nas fazendas da Amazônia

Tráfico de pessoas e trabalho escravo

Banzeiro: trabalho análogo ao escravo nas fazendas da Amazônia

Durante pandemia de covid-19, sem emprego e alimento, trabalhadores ficaram mais vulneráveis ao aliciamento

Escrito em 19 de Maio 2021 por
- Movimento Xingu Vivo

Em 2020, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel libertou mais de mil pessoas que trabalhavam em condições análogas à escravidão em todo o Brasil (minuto 4:35). Geralmente, os fiscais do trabalho entram em ação quando recebem uma denúncia. Quando percebem que a situação é de trabalho escravo, libertam as pessoas e multam os patrões.

Carolina Motoki, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) explica que, de acordo com o código penal brasileiro, o trabalho análogo ao escravo é caracterizado por quatro elementos:
-Servidão por dívidas
-Trabalho forçado
-Trabalho degradante
-Jornada exaustiva.

Nos estados da Amazônia, diz Carolina, é muito comum que a servidão por dívidas seja conhecida como “aviamento ou sistema de barracão”. (min 5:13).

>>Glossário: o que é trabalho análogo ao escravo

A recorrência da escravidão contemporânea na Amazônia brasileira é o tema dessa edição do Banzeiro, o podcast do movimento Xingu Vivo para Sempre. O programa comenta, semanalmente, notícias e histórias relevantes para a população do Médio Xingu. Você pode escutar os episódios anteriores no site do Xingu Vivo ou pelo canal do movimento no Youtube.



A partir do minuto 7, Carolina explica que, durante a pandemia de covid-19, os trabalhadores se tornaram mais vulneráveis à situação de trabalho análoga à escravidão. Sem emprego e, muitas vezes, com alimento escasso, as pessoas se tornam presas fáceis de aliciadores — os populares “gatos”.  No Pará, o crime é mais comum nas grandes fazendas, onde trabalhadores escravizados são empregados na abertura de pastos, no desmatamento ilegal ou no roubo de madeira.

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