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Como ativistas da Baixada Fluminense utilizam experiências pessoais para promover justiça social

Mini documentário do Fórum Grita Baixada conta como três mulheres se tornaram ativistas de direitos humanos

Bárbara Diamante *

3 min

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No dia 31 de março de 2005 Luciene Silva perdeu o filho Raphael no que ficou conhecido como Chacina da Baixada Fluminense. O caso tomou grandes proporções e repercutiu tanto nacional quanto internacionalmente. Naquele dia, policiais executaram pessoas ao longo dos municípios de Nova Iguaçu e de Queimados. Ao que tudo indica, a motivação foi a insatisfação dos PMs com mudanças no comando. 

Das 30 pessoas baleadas, 29 não resistiram, incluindo Raphael, que tinha apenas 17 anos. Desde então, Luciene passou a advogar pelos direitos humanos. Hoje, quase 20 anos depois do ocorrido, ela relembra o caminho que percorreu até chegar ao cargo de coordenadora do Núcleo de Atendimento Municipal a Vítimas de Violência de Estado e seus Familiares (NAMVIF).

Sua história é recontada no documentário “Convivendo com o Impossível”, recém-lançado pelo Fórum Grita Baixada. Além de Luciene Silva, Marilza Floriano e Renata dos Santos contam suas histórias de como começaram a defender causas sociais a partir de eventos marcantes em suas vidas. 

Assim como Luciene, Renata dos Santos teve que lidar com o sentimento de luto. Com a morte dos filhos Anthony e Michel, também vitimados pela violência estatal, ela começou a se envolver cada vez mais com projetos voltados para a justiça.

 

Leia também >> Desaparecimentos forçados: documentário discute crime praticado pelo Estado

 

Já para Marilza, a trajetória foi diferente. Quando tinha apenas 6 meses de idade, ela e a família se refugiaram no Morro do Sossego por conta de uma enchente. Ela mora lá até hoje e tem como principal pauta de discussão o racismo ambiental. Como maneira de gerar mudanças, criou um quintal agroecológico, projetado para ser uma referência para mostrar que “é possível plantar em pequenos espaços”.

Ao advogar pelos direitos humanos, as três mulheres reivindicam por melhorias na sociedade. “O que eu quero é um futuro melhor, um futuro sem dor. Um futuro com justiça”, diz Renata.

O mini documentário que conta as histórias das três mulheres que se reinventaram para conviver com o impossível está disponível no YouTube, no canal do Fórum Grita Baixada.

 

 

Para saber mais:

Algumas referências sobre a Chacina da Baixada Fluminense

https://wikifavelas.com.br/index.php/Chacina_da_Baixada_Fluminense,_31_de_mar%C3%A7o_de_2005#A_chacina

https://www.brasildefato.com.br/2023/03/31/chacina-da-baixada-18-anos-depois-relembre-um-dos-maiores-casos-de-violencia-policial-do-pais

 

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