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Me descobrir negra foi um processo solitário, lembra jovem de Belém

O Papocast conta a história da menina negra que, lutando contra o racismo, inspira crianças do bairro a ter orgulho de suas raízes

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Redação Brasil de Direitos

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Josy Louzeiro sempre se considerou uma mulher ousada. “Rebeldia e coragem são as palavras que me regem”, lembra ela nesse episódio do PapoCast.

Segura e articulada, a jurista de 22 anos nasceu e se criou no bairro Terra Firme, periferia de Belém. Lá, Josy se notabilizou como liderança estudantil. No último ano de ensino médio, ela e os colegas conduziram uma ocupação no colégio. Pela verve calibrada, Josy virou uma referência local. Seu rosto, hoje, estampa um dos muros da comunidade. “Uma vez, um amigo meu disse que quem é grafitado, na quebrada, faz história”, brinca.

Nem sempre foi assim. A figura altiva de Josy guarda, na memória, um passado de ataques racistas. Para  viver sua negritude, ela conta, foi preciso passar por um processo doloroso. “Eu me olhava no espelho e gostava do que via. Gostava da minha pele, gostava do meu cabelo. Mas, lá fora, o mundo dizia que essas coisas eram feias”, lembra ela.

No quinto e último episódio do PapoCast, a professora Lília Melo rememora a história da menina negra que, lutando contra o racismo, inspira crianças do bairro a ter orgulho de suas raizes.

O PapoCast é um programa conduzido pela professora Lília Melo. Nele, jovens moradores da periferia de Belém falam sobre arte, e sobre a importância da arte para as suas vidas.

 

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