Políticas Públicas
Ideia é garantir que o conhecimento científico seja aplicado, de maneira transparente, à formulação de políticas públicas

Políticas Públicas
Para entender: o que são políticas informadas por evidências
Ideia é garantir que o conhecimento científico seja aplicado, de maneira transparente, à formulação de políticas públicas
>>Precisamos de dados transparentes para fazer política pública, diz pesquisadora
1 - E o problema, qual é?
O primeiro passo é entender qual problema preciso ser enfrentado. “Se você não tem dados consistentes sobre quais as causas e as consequências daquele problema, corre o risco de procurar soluções para um problema inventado”, explica Laura. Nessa etapa, são usados diferentes dados: dados nacionais, como os do Censo demográfico. Ou entrevistas a determinadas comunidades. A ideia é reunir informações para entender melhor a realidade.
2- Prós e Contras
Uma vez definido qual o problema, os pesquisadores começam a analisar quais as possíveis soluções. Para isso, eles consultam estudos científicos que já tenham tratado do assunto. Esses estudos são classificados: do melhor (com evidências mais fortes!) ao menos interessante. A seguir, reúnem essas conclusões em um trabalho chamado de síntese de evidências. Um documento resumido, que traduz, em linguagem simples, as conclusões dos estudos científicos.
3 - Isso serve para mim?
Há casos em que os pesquisadores querem encontrar soluções para problemas bem brasileiros — mas todos os estudos sobre o assunto foram feitos fora do país. Será que as conclusões servem para a nossa realidade local? É essa a pergunta respondida nessa etapa do trabalho. Com a síntese de evidências em mãos, a equipe vai a campo falar com a população, com políticos, com movimentos sociais. Tudo isso para tentar descobrir quais as chances de a solução apontada pelos estudos “pegar” quando implantada no mundo real.
“Tem uma história muito engraçada que se passou no município de Piripiri, no Piauí”, lembra Laura. A cidade sofria com surtos anuais de dengue. O secretário de saúde de então encontrou uma solução barata para o problema: um peixinho que se alimentava das larvas do mosquito Aedes aegypti, e que poderia ser colocado nas caixas-d’água dos munícipes. A ideia parecei perfeita, até esbarrar na realidade. “Quando o secretário foi conversar com a população, a resistência foi imensa. Ninguém queria colocar peixe na caixa-d’água, por medo de a água começar a cheirar mal”. Para aquele contexto, a solução que era boa no papel, não funcionaria.
4- A política funciona?
Nessa etapa, a política pública foi implementada. É hora de saber se ela de fato funciona, e avaliar quais seus resultados.
Você também vai gostar
Políticas Públicas
Rafael Ciscati
A pobreza é fruto de políticas públicas, diz Edgar Villanueva
Notícias
Políticas Públicas
Agência Diadorim
No Brasil, 13 estados não têm secretaria de direitos humanos
Notícias
Políticas Públicas
Agência Diadorim
Corte no orçamento ameaça políticas públicas contra HIV/Aids no Brasil
Notícias