13 DE MAIO

O que queriam os abolicionistas negros

A escravidão no Brasil terminou, oficialmente, em 13 de maio de 1888, quando foi assinada a Lei Áurea

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Mas o fim do regime escravista foi resultado de anos de mobilização do movimento abolicionista

Um movimento que era diverso: reunia pessoas com perfis distintos, e objetivos diferentes 

Missa comemorando a abolição (Brasiliana Fotográfica/ Instituto Moreira Salles)

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"O movimento abolicionista não era homogêneo", conta a historiado Wlamyra Albuquerque, da Universidade Federal da Bahia 

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Havia aqueles que eram brancos e abastados. E havia abolicionistas sapateiros, ou que já tinham sido escravizados 

Para alguns, a abolição deveria ser uma reforma, um ajuste na ordem liberal.  Foi essa a perspectiva que venceu 

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Já para outros, a abolição era apenas um primeiro passo: era preciso pensar formas de integrar a população negra à sociedade brasileira 

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"Para encontrar outras perspectivas, é importante olhar para os abolicionistas negros", diz Wlamyra 

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Conheça as ideias de duas dessas figuras: Luiz Gama e André Rebouças 

Engenheiro, monarquista, Rebouças foi uma das vozes mais importantes do abolicionismo brasileiro 

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Segundo ele, depois da abolição, era preciso criar um plano de distribuição de terras públicas a pequenos proprietários 

Já Luiz Gama foi o único abolicionista a passar pela escravidão 

Nascido livre, ele foi vendido como escravizado aos 10 anos de idade. Recorreu à justiça para recobrar a liberdade 

Gama estudou direito por conta própria. Os alunos da faculdade de Direito do Largo São Francisco não o queriam como colega

Faculdade de Direitos do Largo São Francisco

Logo, passou advogar em prol de pessoas escravizadas

Além de defender o fim da escravidão, Gama pensava um modelo de educação para o Brasil

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Para ele, era preciso criar escolas públicas e laicas

"Havia propostas muito mais igualitárias, atentas às desigualdades colocadas naquele momentos" diz Wlamyra

"Esses abolicionistas negros tinham projetos para o Brasil " 

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